Atormentado, evitando o desígnio
A dor, solta-se, gritando,
Transpira a alma segura, domínio
A morte deixa um sabor inevitável.
Sinto-me engrandecer
Os olhos vertem, os...
Os olhos sentem, mergulhados em mim,
A maré revolta-se, os corpos nus.
Eu e os meus dragões
Ou eu e, os meus fantasmas,
Deixo aqui pegadas
Palavras ensinadas, sacrificadas.
Atormentado, evitando o destino
Fico esperando, quando penetras em mim
Química desigual, parece o fim,
Sinto-me engrandecer, enfim.
Eu e os meus sonhos
Desastradamente aos encontrões
As paredes sujas de palavras
Foram os sonhos assassinados, emoções.
Cresci e mergulhei no que vi
Vontade de navegar os teus seios
Loucura, filosofia, tenho medos,
Mergulhar o corpo e não ter meios.
Atormentado, por não ser nada,
Seja: Por não ser nem saber nada,
A dor rasga-me, as veias sangram,
As palavras são agora, alma, estrada.
Eu e os meus pensamentos
Deitado no horizonte despido
Vingo a aurora com momentos
Divago silencioso, olhos, o sorriso...
Atormentado, mergulho a vida,
Um prazer imaculado, teu corpo,
Envolvência sinistra, será meu um dia...
A morte deixa um sabor inevitável.
Sim...
Estou morto.
Paulo Themudo in "Fui... O Que Já Não Sou!..." - 2008
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