Nuvem enclausurada no mais divino, as mãos erguem vontades de rei num palácio cristalizado e vestido de sol.
Minha nova morada…
Ousada a vaga de mar verte o corpo excitado que mãos sinceras elevam, cavalgam as novas moradas do céu, sou cavaleiro do tempo numa armadura de vento.
As gentes, meu trono… O fio desta arma enclausura a nuvem que logo se dissipa consumida pelo sabor da trovoada.
O livro sagrado, páginas desmitificadas, os olhos sangrando, os corpos caem, tão farto…
Poltrona onde sento o tempo, anjos de veste escura acomodam-se na cama onde me sento, o pensamento é ouro que flui nas veias irrequietas deste pesadelo.
A ala real afasta as cortinas… Deixem passar! Deixem passar!
Abrem-se as portas dessa morada, sonho enclausurado namora a vaga de chuva, são olhos de cristal que te constroem nas mãos de cavaleiro a moldura pálida de novo reino.
Sou rei, das estrelas inventadas em noite escura, que espada nobre meu corpo segura, batalha dos meus pensamentos a alma escura, são as vagas de mar ousadas que meu corpo enclausura.
Rei de nascimento, mendigo em prados sangrentos, da fome escura o momento fatal são os presentes, gente de medo conforta os prados ainda verdes, batalha de sol e de chuva, o céu vende pedaços de inferno, na nostalgia desta pintura ferida de Inverno.
De que cor? … Quem sou eu?
Um lugar sereno, a arma dispara cega de ódio, consigo ver as almas subindo, a nuvem escura alimentada, o céu tão gigante e tão pequeno.
Sou rei… Das paisagens um eco, a palavra recitada no palácio de cristal, é pó na poltrona emoldurada onde me cerquei.
Atrás de mim o pesadelo súbdito das minhas carências.
Céu e inferno, a gente humana cava sepulturas de silêncio, vida eterna a alma promete, vontade divina de um rei é para sempre.
Quem precisa de abrigo?
Abrem-se as portadas, a sala monstruosa acolhe fragmentos de alma ou gente.
Onde está o meu reino?
Tudo à volta é carnavalesco, o sol vermelho, o céu de cinza rasgando o olhar de quem o consome, ser rei… Ser gente, prisioneiro de um qualquer lugar.
Sim, ser rei não é mais que ser gente igual a outra gente.
Chamam-me plebe? Não chamam-me homem, com um lugar cativo em qualquer outro céu com janelas de diamante ou de vidro.
Bem - vindo ao Inferno… Dizem… Bem - vindo ao Inverno permanente, morada sem luz, poltrona de tecido moldada por gente.
Sua alteza… Esta é a sua nova morada.
Minha nova morada…
Ousada a vaga de mar verte o corpo excitado que mãos sinceras elevam, cavalgam as novas moradas do céu, sou cavaleiro do tempo numa armadura de vento.
As gentes, meu trono… O fio desta arma enclausura a nuvem que logo se dissipa consumida pelo sabor da trovoada.
O livro sagrado, páginas desmitificadas, os olhos sangrando, os corpos caem, tão farto…
Poltrona onde sento o tempo, anjos de veste escura acomodam-se na cama onde me sento, o pensamento é ouro que flui nas veias irrequietas deste pesadelo.
A ala real afasta as cortinas… Deixem passar! Deixem passar!
Abrem-se as portas dessa morada, sonho enclausurado namora a vaga de chuva, são olhos de cristal que te constroem nas mãos de cavaleiro a moldura pálida de novo reino.
Sou rei, das estrelas inventadas em noite escura, que espada nobre meu corpo segura, batalha dos meus pensamentos a alma escura, são as vagas de mar ousadas que meu corpo enclausura.
Rei de nascimento, mendigo em prados sangrentos, da fome escura o momento fatal são os presentes, gente de medo conforta os prados ainda verdes, batalha de sol e de chuva, o céu vende pedaços de inferno, na nostalgia desta pintura ferida de Inverno.
De que cor? … Quem sou eu?
Um lugar sereno, a arma dispara cega de ódio, consigo ver as almas subindo, a nuvem escura alimentada, o céu tão gigante e tão pequeno.
Sou rei… Das paisagens um eco, a palavra recitada no palácio de cristal, é pó na poltrona emoldurada onde me cerquei.
Atrás de mim o pesadelo súbdito das minhas carências.
Céu e inferno, a gente humana cava sepulturas de silêncio, vida eterna a alma promete, vontade divina de um rei é para sempre.
Quem precisa de abrigo?
Abrem-se as portadas, a sala monstruosa acolhe fragmentos de alma ou gente.
Onde está o meu reino?
Tudo à volta é carnavalesco, o sol vermelho, o céu de cinza rasgando o olhar de quem o consome, ser rei… Ser gente, prisioneiro de um qualquer lugar.
Sim, ser rei não é mais que ser gente igual a outra gente.
Chamam-me plebe? Não chamam-me homem, com um lugar cativo em qualquer outro céu com janelas de diamante ou de vidro.
Bem - vindo ao Inferno… Dizem… Bem - vindo ao Inverno permanente, morada sem luz, poltrona de tecido moldada por gente.
Sua alteza… Esta é a sua nova morada.
Paulo Themudo
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